sexta-feira, 26 de abril de 2013

O Otimismo sobre o Pessimismo

Hardy Har Har - hiena pessimista

Dizem que um pessimista é um otimista experiente. Sei que parece um pensamento duro, intragável, mas pode-se ponderar sobre isso. Para dizer a verdade, nunca me vi como um ser otimista, na maioria das vezes sempre olhei para as coisas por uma perspectiva mais negativa. Mas, paradoxalmente, era mais otimista assim, por perceber depois que os fatos não eram tão ruins quanto aparentavam. Logo, minha questão não chega nem a querer ser otimista ou pessimista, mas admitir que as circunstancias ainda não são tão ruins quanto pode vir a ser. E, sendo assim, é bom salientar que a Palavra de Deus é quem diz que elas vão piorar. Contudo, não digo com isso que a Bíblia é pessimista.
A perspectiva escatológica até a volta de Jesus é de que o mundo caminha literalmente para a Grande Tribulação. Os sinais que antecedem a vinda do Senhor não são nem de longe animadores - falsos Cristos e profetas, guerras, terremotos, fomes, perseguição aos cristãos, escândalos, traições, ódio e iniquidade. Esses sinais, como ressalta Jesus, ainda não são o fim, mas apenas o princípio das dores (Mateus 24.3-13). Em outras palavras, estes dias não são tão ruins quanto ainda serão. O que virá após esses sinais é um tempo tão terrível como nunca antes e nem depois haverá (Mateus 24.21).
Isso pode parecer desesperador, imaginar que por pior que as circunstâncias já se encontram, elas se tornarão mais terríveis ainda. Mas, há um dado neste último versículo que já é alentador. Quando se diz "e nem haverá jamais" entendemos que esse tempo de tribulação ímpar não se estenderá perpetuamente. Encontra-se ai uma promessa de que por pior que seja a Grande Tribulação para a qual a humanidade caminha, ela será final para os crentes em Cristo, pois antecede a nossa redenção derradeira. Lucas 21.28 nos diz nesse mesmo contexto que devemos "exultar e erguer nossas cabeças, pois nossa redenção se aproxima." De fato, por piores que sejam as circunstâncias, hoje ou depois, temos uma Palavra de vitória de que o Cristo que ressuscitou voltará para buscar o seu povo, aqueles que nele esperam. Ele já venceu a morte, e disse que nos prepararia lugar junto ao Pai. Assim, apesar de sua aparente demora, devemos ter em mente o seu propósito para com os eleitos se cumprindo até sua vinda (2 Pedro 3.9).
Assim, ao invés de pessimistas, devemos estar certos e confiantes diante de tudo que se encontra em nosso derredor. O mal que tem se avolumado sobre o mundo não está solto, entregue a si. Sabendo que estas coisas já eram previstas pelo Senhor Jesus, de maneira que ninguém pode dizer-se pego de surpresa. E ainda, que todas estão sob o controle e o propósito de Deus, para anteceder a sua vinda.
Que Deus nos ajude!

sábado, 13 de abril de 2013

Um Caso de Simples Coerência - Homossexualismo e Pedofilia

"Um abismo chama outro abismo..." Salmo 42.7

Vivemos no cenário mundial uma profunda crise de valores morais, acentuadamente em relação a sexualidade. Práticas outrora segregadas ao mundo pagão, dos dias da Roma antiga, são cada vez mais reafirmadas como legítimas e dignas de aceitação popular. O homossexualismo, tão enaltecido por filósofos gregos, hoje conta com os mesmos argumentos de sustentação e os louros da aclamação do povo.
Já foi dito recentemente que os héteros tem esse "comportamento conservador" por uma simples convenção social, ou seja, por uma estabilidade familiar, ao passo que os homossexuais se lançam à paixão, em um tipo de verdeiro amor, por se relacionar com quem não se espera nenhum tipo de estabilidade social, mas tão somente o sentimento que se nutre um pelo outro. Ironica e incoerentemente, com essa fala, eles buscam junto ao Congresso, benefícios de uma relação amparada pela Constituição, a saber, o casamento, ou a recente união estável.
No passado, o pensamento de alguns filósofos era de que a relação entre um homem e uma mulher tinha apenas a função fisiológica de procriação, e que o verdadeiro amor se dava entre homens, posto que estes eram mais evoluídos e confiáveis entre si. A mulheres, segregadas nessa relação, buscavam consolo em relações igualmente homossexuais. Tudo muito parecido com os nossos dias.
Mas há um outro dado tenebroso daqueles tempos, que por enquanto ainda é passível de resistência de uma parte maior da população: a pedofilia. A iniciação de meninos na prática homossexual era algo igualmente aceitável na cultura da Roma antiga. Hoje, ainda existe uma certa resitência da sociedade quanto a pedofilia, uma vez que ultraja os valores tradicionais quanto a integridade das crianças. Mas a caminhada para se chegar a sua aceitação já começou à décadas, e vem se firmando às sombras dos movimentos homossexuais por intermédio de seus argumentos e alguns militantes. Uma simples leituras das descrições de associações como a NAMBLA - North American Man/Boy Love Association (Associação Americana pelo Amor entre Homens e Meninos), e a Martijn, já evidencia essa parceria entre homossexualismo e pedofilia, tanto quanto a seus representates e argumentos, como em seus alvos.
O código de ética proposto pela Martijn nega qualquer intenção de abuso, enumerando quatro regras que devem norter a relação entre adultos e menores. Tais regras e a proposta de não haver abuso é um grande embuste filosófico. Ao considerar que o abuso seria apenas de natureza física, perde-se de idéia que o ser humano é constituido com algo mais que o seu corpo. Mas antes, me proponho a analisar as regras para depois voltar a esse ponto.
  1. O consentimento da criança é uma falácia, uma vez que ela não tem discernimento suficiente para julgar seus próprios atos e respectivas consequências.
  2. A abertura para os pais pressupões pessoas igualmente sucetíveis a esse tipo de prática descabida. Nesse caso, nada mais natural entre estes, uma vez que o incesto está altamente relacionado a pedofilia.
  3. A suposta liberdade de uma criança para sair da relação é tão faláciosa quanto a idéia de consensualidade da primeira regra, ou seja, uma vez aliciada, dificilmente a criança se retira da relação.
  4. Não tenho certeza quanto a última regra, "harmonia com o desenvolvimento da criança", mas tenho a impressão que diz respeito as limitações físicas, e de supostamente respeitá-las. Quanto a este último, volto a minha premissa maior, não se trata de mero abuso físico, mas igual e necessariamente psicológico.
O ser humano como um todo, precisa tanto da proteção de seu corpo, como também de sua alma. Ainda que de maneira consensual, uma criança não tem discernimento das consequências físicas e psicológicas que envolvem uma relação sexual. Seu corpo não está pronto para isso, ainda que dê sinais de aptidão sexual. Ela não têm estrutura social para arcar com suas escolhas, e por isso também deve ser tolhida de qualquer envolvimento nesse sentido.
Os argumentos com respeito a liberdade que uma pessoa tem, de fazer com seu corpo o quem bem entender, junto de outra pessoa, ainda que do mesmo sexo, atende em pariedade ao apelo para que adultos e crianças tenham liberdade consensual de relacionarem-se. Não se trata exatamente da mesma coisa, uma vez que adultos tem, em tese, condições de julgar entre o certo e o errado, e ao mesmo tempo responsabilidade sobre suas escolhas. Mas, ainda assim, partindo do parâmetro do Criador, nenhum deles têm liberdade para fazer o que bem quiserem de si, e que agindo assim, contrarios a criação, escolhendo pelo que é errado, sofrerão o devido dano por isso. Nem homossexuais e nem pedófilos estão livres para fazer o que bem entendem. Ninguém está livre para isso. Pelo contrário, são escravos do pecado nessas condições. Suas escolhas são e estão pautadas em seu estado de depravação moral, rebelados contra Deus, e que portanto deverão prestar contas a Eles.
Já disse anteriormente que nem todo homossexual é pedófilo, e que nem toda pedofilia é homossexual. Casos de pedófilos, homens ou mulheres, que abusam de crianças de outro sexo não pode ser posto na conta do homossexualismo. Mas homossexualismo e pedofilia estão intimamente associados em seus representantes e ideias, bem na maioria de suas práticas. Seus argumentos servem as suas causas diante da sociedade, a saber, a liberdade a e a consensualidade de se fazer com o próprio corpo o que bem entender. É só uma questão de tempo para que a pedofilia saia do armario. 

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Entre o RUIM e o PIOR. Ou ainda... O que representa Marco Feliciano e Jean Wyllys?

"... porque os dias são maus." Efésios 5.16b
 Se pudesse acrescentar ou editar textos da Bíblia, como alguns sem nenhum pudor o fazem, diría neste versículo de Efésios que hoje os dias são péssimos. Bem sei que as coisas ainda vão piorar, mas me refiro ao fato que hoje nos dividimos entre o ruim e o péssimo.
O aparente maniqueísmo entre os deputados Marco Feliciano, pastor, dono de igreja própria, e Jean Wyllys, ex-bbb e ativista gay, traz um profundo incomodo para quem busca a verdade e que se fiar por ela em seus posicionamentos. Tenho grande repulsa pela figura dos dois, mas creio que nessa briga de foice no escuro, algumas observações críticas e ponderações precisam ser feitas a respeito de ambos.
Observando primeiro o pastor neopentecostal, posso dizer que em face do que ele prega, que não é nem de longe o evangelho da Cruz, do Cristo que venceu a morte por sua vida e morte, tenho ojeriza ao seu ministério. Não creio que ele seja racista como o acusam, mas um idiota com uma Bíblia na mão. A "exegegue" que ele fez no texto de Gênesis 9.25 não é sinal de ódio aos negros, mas uma leitura completamente desprovida de coerência com os fatos narrados. Canaã, filho de Cão, que foi amaldiçoado por seu avô Noé, nunca seguiu para o continente africano, mas habitou na palestina, lugar para onde os descendentes de Israel foram quando saíram do cativeiro egípcio. Uma simples leitura do texto, e uma noção básica de geografia bíblica é suficiente para enteder isso. Também não penso que ele seja homofóbico, uma vez que nesse quesito ele simplesmente se posiciona contra a união civil gay e considera pecado a prática homossexual. Nesse ponto, penso que caminhamos juntos no que a Bíblia diz. Ele, como um bom pregador neopentecostal que se preze, cobra para pregar nos lugares. Assim como os demais de sua turma, recebem quantias exorbitantes para ensinar as pessoas a ganharem dinheiro as custas de Deus. Não querendo justificar tal prática, mas até onde se sabe, cobrar por serviços religiosos não é crime, pois assim também o fazem outras religiões além dos neopentecostais, tal como a católica, as exotéricas, espíritas e africanas. Na minha opinião isso é pecado, configura a atuação de um falso profeta que serve ao prestígio e interesses de quem paga mais, tal qual Balaão (Números 22.1-21). Mas infelizmente não é pecado apenas de neopentecostais.
Assim, na minha opinião, como pastor, Marco Feliciano é um embuste. Todavia, ainda que eu não separe seus ofícios como pastor e deputado, pois foi eleito para um em nome do outro - para chegar a câmara ele usou de sua plataforma religiosa, de onde deve ter tirado a maioria de seus votos e apoio financeiro para campanha - devemos nos ater ao fato de que toda essa polêmica em torno de seu nome como presidente da CDH (Comissão de Direitos Humanos e Minorias) é orquestrada pelo ódio ao que a Escritura diz a respeito do homossexualismo. É triste e irônico, mas nesse momento, esse homem que pouco conhece e prega as Escrituras esta sendo perseguido por militantes contrário ao que diz a Bíblia.
Voltando-me agora para Jean Wyllys, penso que ele desenvolve o pensamento coerente com sua cosmovisão, ou seja, sendo uma pessoa sexualmente invertida, quer por isso inverter a ordem da sociedade como um todo. Representando um grupo minoritário, quer pela força da mídia fazer calar todo e qualquer pensamento que seja contrário ao seu, ainda que majoritário. Argumentando sofrer preconceito e perseguição, é preconceituoso e persegue seus desafetos políticos. Valendo-se da democracia, quer fazer prevalecer uma ditadura homossexual, onde todos devem aceitar tal prática e conduta como sendo normal. Em suma, trata-se de eu homem que faz papel de mulher, que faz de uma minoria a maioria, e que faz do governo popular um instrumento de ditadura.
Mas, abrindo um parênteses, não se pode atribuir a ele aquilo que não representa. A campanha difamatória feita em redes sociais, que dava conta de uma palavra sua de apoio a pedofilia, é tentar combater o mal com o mal, vencer a mentira a custo da mentira. Não sei qual o parecer de Jean Wyllys sobre a pedofilia nesse exato momento, mas duvidei desde o princípio de que ele teria dito aquilo. Certamente se o tivesse feito, seria uma bomba maior que as palavras mal interpretadas de Feliciano com respeito ao racismo. Acreditar em textos produzidos em redes sociais, e atribuí-los a certas pessoas, é como acreditar no que é dito dos nomes escritos em paredes de banheiros. Somente os covardes, em seu anonimato produzem esse tipo de notícia, e somento pessoas intelectualmente fracas se deixam levar pelo que dizem.
Como disse inicialmente, tenho asco de ambos, e nisso reconheço também o meu pecado contra o qual luto, e rogo a graça de Deus. A Bíblia me ensina algo contrário ao que sinto por eles. Diz que ambos, como governantes, são pessoas ordenadas por Deus a testa do povo, pelas quais eu devo orar e honrar (Romanos 13.1-7; 1 Timóteo 2.1-4). Ainda que pensando de maneira divergente deles em muitos aspectos, entendendo-os como inimigos da Palavra de Deus, cada um a sua maneira, as Escrituras também dizem que devo orar por eles, bendizê-los e não maldizer (Mateus 5.38-48).
É preciso lembrar que Deus é SENHOR do Universo, que governa a história, e que tem o controle de tudo em suas mãos. Sabendo que se nem uma folha cai de um galho sem que seja de sua vontade, devemos crer ainda mais que a existência de pessoas como estes dois, de tantos outros e a nossa, não se dá a parte de seu decreto. Também devemos nos lembrar que Deus nos prova assim, para que se saiba se nosso coração está nele, e não em nós mesmos. A justiça pertence a Deus e não a mim, e por isso não posso tomar pelo lado pessoal como quem milita em causa própria e pela próprias armar. É em nome de Jesus que militamos, e nossas armas são espirituais, isto é, a Palavra de Deus em nós. Não posso por isso dar vazão a angústia diante de homens asssim, tão avessos e invertidos em seus papéis e pensamentos. Devo me lembrar que sou pecador também, e que o único motivo para não ser consumido, é a graça e a misericórdia de Deus em Jesus. É sob este governo que me encontro, daquele que venceu a morte e me ortogou vida, e com ela o ministério da reconciliação (2 Coríntios 5.17-21).
Desta sorte, nem Feliciano e nem Wyllys representam o meu pensamento de mundo, mas representam o governo de Deus sobre a minha vida, me intimando a orar por eles, rogar e demonstrar a mesma compaixão que o Senhor teve para comigo, que sou pecador, a fim de que o nome de Deus seja exaltado como SENHOR e Salvador, e não o meu, ou o deles.

Ps.: A fim de uma visão mais politizada de tudo isso, recomendo o blog de Reinaldo Azevedo, colunista da revista Veja. E em especial esse texto sobre o aspecto macro desta história.