sexta-feira, 27 de abril de 2012

De graça ou pela Graça?*

Dizem que “de graça até injeção na testa”. Por mais dolorosa que essa ideia possa ser, deixa claro que não pagar por algo compensa qualquer coisa. Talvez, por compensação é que ganhamos presentes no nosso aniversário, é a maneira de suavizar a o peso da idade. Mas, por que a idade pesa tanto? Certamente ficar mais velho no faz lembrar que a morte se aproxima.
Seria excelente então, se ganhássemos um presente que não nos deixasse morrer. Isso pode parecer impossível, mas nem tanto. A Bíblia nos fala em Vida Eterna, e nos diz que esse é um presente de Deus para os homens. Não se trata de uma compensação por que estamos envelhecendo e a morte se aproximando. É uma dádiva do amor de Deus justamente para os homens que estão mortos em seus delitos e pecados. Nunca um pecador poderia pagar por esse presente, pois não tem condição moral, intelectual ou espiritual para isso. Estando morto, não pode conseguir para si a vida, quanto mais vida em abundancia.
Jesus é Deus e homem. Ele é quem pagou por esse presente. Para nós não houve custo algum, mas para Ele o preço foi sua vida e seu sangue derramado na cruz. Por isso, a Vida Eterna não é de graça, mas pela graça, mediante o profundo e imenso amor de Jesus por nós.
Recebemos esse presente crendo que:
1. Jesus é Deus que se fez homem;
2. Que Ele viveu, morreu e ressuscitou para que tivéssemos a vida eterna, e para que não morrêssemos condenados pelo pecado.
Creia nisso e você viverá eternamente no amor de Deus.
Referencias bíblicas – João 3.16; 6.40,47; 10.10; 11.25; 15.12,13; Romanos 3.23,24

(*) Texto escrito para panfleto de evangelização.

sábado, 7 de abril de 2012

A Páscoa enquanto estatuto perpetuo


Vicit Agnus Noster, Eum Sequamur
Apesar de amplamente comemorada, principalmente por conta dos ovos de chocolate, a Páscoa, na verdade tem outro sabor. Assim como o Natal, esta celebração de origem judaico-cristã ganha todos anos conotações comerciais que ao mesmo tempo em que divulga a data, encobre seu sentido. Nesse caso, seria melhor por parte da mídia tentar ignorar tais festividades, a perverter sua mensagem.
Ao contrario da mensagem de um coelho e sua fertilidade, a Páscoa nos fala do Cordeiro e sua morte. Após derramar nove pragas sobre o Egito, lugar onde os israelitas eram escravos, Deus manda a ultima, na qual a Páscoa é instituída. O SENHOR mataria todos os primogênitos do povo egípcio, mas "passaria" (pacach) por cima de seu povo escolhido, uma vez que aspergissem sangue de cordeiros nos umbrais de suas portas conforme a ordenança dada (Êxodo 12.1-14). Certamente Deus, onisciente como é, não tinha necessidade de um sinal para não se confundir a respeito dos seus. Ele podia tranqüilamente cumprir sua Palavra simplesmente matando os egípcios. Mas, decorre deste sinal de sangue o motivo para a Páscoa tornar-se estatuto perpetuo (V. 14).
Primeiro, diferente das pragas anteriores, esta, conforme Deus determinou, seria insuportável para os egípcios (Êxodo 11.1). Até então, as pragas enviadas pelo SENHOR destruía a soberba egípcia, uma vez que sinalizavam o quanto não podiam confiar em suas divindades e provisões econômicas. Esta ultima definitivamente marcaria aquele povo em sua carne, posto que ninguém jamais havia vencido a morte. A primogênitura no mundo antigo assinalava a continuidade da vida, o direito de herança e sucessão. O filho do Faraó continuaria seu legado, os filhos dos homens eram seus sucessores, mas agora não mais. Esta ultima praga sinalizava que todos morrem debaixo das mãos de Deus, como cumprimento de seu juízo. Deus sapara então o dia da Páscoa para que isso fique claro.
Segundo, o povo de Israel não era diferente dos demais, e por isso era necessário que fosse coberto com sangue. Apesar de ser um povo escolhido, trazidos a existencia pela palavra de Deus dada a Abraão, em sua índole e conduta, desde os patriarcas, esse povo já havia demonstrado que era capaz dos mesmos pecados dos demais povos da terra. Mesmo após a libertação da escravidão, por quarenta anos no deserto, Israel deixou claro que era um povo de dura cerviz. Uma vez instalados na terra prometida, sua historia foi marcadamente de iniqüidade. Logo, ainda que escravos dos egípcios, os israelitas não eram meras vítimas, eram também escravos do pecado, e portanto merecedores da morte.
Terceiro, uma vez que o povo era passivo de morte por causa de seus pecados, fez-se necessario que inocentes morressem por eles. Por cada família um cordeiro sem defeito, macho de um ano, deveria ser tomado e morto (v.5). O cordeiro pascal deveria ser tomado como refeição na noite do êxodo, comido as pressas, uma vez que Deus traria grande devastação sobre aquela terra. Hebreus afirma categoricamente que "sem derramamento de sangue não pode haver espiação de pecado" (Hebreus 9.22). Por mais este motivo, fica claro que aquele povo escravizado era carente de um substituito para escapar da condenação.
Tudo isso foi deixado como estatuto perpetuo, para que todas as gerações soubessem o que Deus fez para libertar o seu povo da escravidão. As futuras gerações devereriam ser ensinadas a respeito deste dia (Exodo 12.14, 24-27; 13.1-16). Todavia, esse mesmo povo liberto do cativeiro egípcio, ainda seguia escravo do pecado, posto que o livramento de suas vidas não poderia vir do sangue de animais (Hebreus 10.4), mas do Cordeiro de Deus (João 1.29, 36). Todo A.T converge em Cristo, e principalmente essa passagem. O nome Jesus significa "que ele salvara o seu povo dos seus pecados" (Mateus 1.21). Assim, ele tanto traz juízo sobre aqueles que não são seus, como foi com o Egito, como também salva os pecadores marcados com seu sangue. Ele é o Cordeiro Santo, sem pecado, entregue pelos pecadores para que sejam salvos. Ele é quem conduz o seu povo da morte para vida, como Israel foi tirado do Egito para terra prometida.
Por isso hoje celebramos não apenas a Páscoa, mas a Ceia do Senhor, uma vez que Ele também deixou para nós este sacramento como sinal de sua obra redentora em nossas vidas (Lucas 22.14-23). E como prova ainda maior de que a obra realizada por Jesus é maior que a de Moisés, para que seja incontestável da vitoria do Cordeiro sobre a morte, Ele ressuscitou. Moisés não pode ficar com o povo perpetuamente, não pode sequer entrar na terra prometida. Josué também descansou depois de estabelecido o povo em Canaã. Por isso podemos seguir a Jesus, pois Ele esta conosco todos os dias, até a consumação dos séculos (Mateus 28.20). E ainda resta-nos a expectativa, de quando estaremos com Ele no Novo Céu e Nova, ceiando e celebrando os seus grandes feitos. Nesse tempo, já não haverá nenhum confusão a esse respeito. Tenhamos pois nosso olhos fitos nesse Dia.