sexta-feira, 26 de junho de 2009

Michael Jackson passa para a história.



O rei do pop, que tinha fãs como suditos, com o domínio da música e da dança, que até possuia um reino com o nome de Neverland, deixou ontem sua coroa na história. Michael Joseph Jackson (1958-2009) marcou mais de uma geração. A genialidade de quem arrastava multidões ao delírio com sua música e dança, não passou desapercebida nas últimas quatro décadas.

Também não passaram em branco (sem querer ser irônico) seus escândalos. Até hoje pairam dúvidas sobre seu caráter. Seria ele um louco que abusava de crianças em seu rancho? Seria ele apenas louco, mas inofensivo e acusado por interesse financeiro? Sua mudança de cor, uma doença de pele ou uma insatisfação com a aparência? Sinceramente, não o conheci de perto, não fui seu médico e nem seu advogado, não saberia respoder. Outros dados de sua biografia, como sua fragilidade física e emocional, campanhas para ajudar crianças, parecem contrariar as acusações mais fortes.

O que não posso negar (e penso que também mais ninguém) é o talento que este homem teve, e que marcou a história da música, da dança, da televisão e do entretenimento. Lamento que sua morte tenha deixado uma lacuna no mundo da arte e em sua própria história. Seja lembrado como mocinho ou bandido, uma coisa é certa, ele nunca será esquecido.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Uma simples reflexão...


Na Veja dessa semana, uma coluna me chamou atenção.


Iate de guerra
Em tempos de austeridade, não pega bem contar vantagem. Foi, pois, sem comentários que o bilionário russo radicado em Londres Roman Abramovich, 41 anos, acompanhou a partida de seu novo iate, o Eclipse, do estaleiro em Hamburgo para a primeira viagem de teste. O nome é apropriado: maior iate do mundo, o Eclipse tem 557 pés, custou 500 milhões de dólares e é equipado com sistema antimísseis, dois helipontos e um pequeno submarino para fuga rápida. O prazo de entrega é 2010. Enquanto aguarda, Abramovich – que com a crise perdeu bilhões, mas não a pose – pegou outro iate (tem mais três) e partiu com a namorada, Daria Zhukova, 27, para umas semanas de lazer no Mediterrâneo, com escalas na Itália e França.

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Então eu pergunto:

Em que Fogueira Santa esse Roman "sacrificou" para ter tanto dinheiro? Essa namorada ele conseguiu na Terapia do Amor? Alguma vez ele participou da Terça-feira do Milagre Urgente? Ele é um dos colaboradores do programa Show da Fé? É um dos Gideões da Renascer? É Parceiro de Deus na Sara? Ah... vai dizer que ele participou da Campanha dos R$ 7, 00 Dias de Oração do Marcos Feliciano?

A turma caça-níquel precisa urgentemente descobrir a igreja desse cara. Vai ser rico assim no inferno.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Ainda existem Levitas?


Refletindo algumas semanas atrás sobre o termo “Levita”, que muitas vezes é (indevidamente) associado aos músicos da igreja, me ocorreu: Os levitas ainda existem?
O sacerdócio levítico ocupava-se de todo serviço do Tabernáculo e depois do Templo. Eles não eram apenas músicos, mas também uma espécie de zeladores e administradores do lugar onde os sacrifícios eram feitos. Também a linhagem desses sacerdotes era da tribo de Levi, da família de Arão. O sumo sacerdote era levita.
Mas sabemos, e o livro de Hebreus enfatiza isso, que Cristo veio como o maior e eterno Sumo Sacerdote, não da tribo de Levi, mas segundo a linhagem de Melquisedeque, que era além de sacerdote, rei de Salém (primitiva Jerusalém). Jesus entrou no Santos dos Santos com seu próprio sangue, e, sozinho, por nós ofereceu o maior, perfeito, único, úlitmo e suficiente sacrifício. Em tudo isso ele não foi assistido por ninguem.
Pois bem, Hebreus 8 esclarece:
Ora, a suma do que temos dito é que temos um sumo sacerdote tal, que está assentado nos céus à destra do trono da majestade, Ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem. Porque todo o sumo sacerdote é constituído para oferecer dons e sacrifícios; por isso era necessário que este também tivesse alguma coisa que oferecer. Ora, se ele estivesse na terra, nem tampouco sacerdote seria, havendo ainda sacerdotes que oferecem dons segundo a lei, Os quais servem de exemplo e sombra das coisas celestiais, como Moisés divinamente foi avisado, estando já para acabar o tabernáculo; porque foi dito: Olha, faze tudo conforme o modelo que no monte se te mostrou. Mas agora alcançou ele ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de uma melhor aliança que está confirmada em melhores promessas. Porque, se aquela primeira fora irrepreensível, nunca se teria buscado lugar para a segunda.
Porque, repreendendo-os, lhes diz: Eis que virão dias, diz o Senhor, Em que com a casa de Israel e com a casa de Judá estabelecerei uma nova aliança,
Não segundo a aliança que fiz com seus pais No dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; Como não permaneceram naquela minha aliança, Eu para eles não atentei, diz o Senhor.
Porque esta é a aliança que depois daqueles dias Farei com a casa de Israel, diz o Senhor; Porei as minhas leis no seu entendimento, E em seu coração as escreverei; E eu lhes serei por Deus, E eles me serão por povo;
E não ensinará cada um a seu próximo, Nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece o Senhor; Porque todos me conhecerão, Desde o menor deles até ao maior.
Porque serei misericordioso para com suas iniqüidades, E de seus pecados e de suas prevaricações não me lembrarei mais.
Dizendo Nova aliança, envelheceu a primeira. Ora, o que foi tornado velho, e se envelhece, perto está de acabar.

É nítido que o sarcedócio levítico passou, bem como a figura dos levitas. No N.T esse conceito só é explorado em Hebreus, e ainda assim para demonstrar que foi substituído pelo sacerdócio de Jesus, que era da tribo de Judá. Segue a declaração de Hebreus 7.11:
De sorte que, se a perfeição fosse pelo sacerdócio levítico (porque sob ele o povo recebeu a lei), que necessidade havia logo de que outro sacerdote se levantasse, segundo a ordem de Melquisedeque, e não fosse chamado segundo a ordem de Arão?

Somos sacerdotes hoje? Pedro diz que sim:
Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; (1 Pe 2.8)Mas não se trata mais de um sacerdócio levítico, e sim real. Creio que somos sacerdotes segundo o Rei Jesus Cristo, servindo não segundo os rudimentos da lei de Israel. Somos segundo o Sumo Sacerdote, que já apresentou um único e suficiente sacrifício. O termo levita é anacrônico, nos remonta à lei, à necessidade de apresentar um animal e manter o templo em ordem. Cristo já se ofereceu, e por nós preparou o Templo, não aquele feito por mãos humanas, mas o celestial. Sigamos em frente, com Cristo, com fé em seu sacrifício. Não retrocedamos para o que passou (Hb 10.38, 39).

domingo, 21 de junho de 2009

Hoje preguei: Hebreus 13. 20-25



Pretendo nesse espaço armazenar minhas pregações dominicais. Não vou postar o sermão na íntegra, mas esboços e comentários objetivos.

Essa é a primeira sobre a última. É a primeira postagem sobre o último sermão dominical de uma série de preleções. Hoje pela graça de Deus encerrei a exposição da Epístola aos Hebreus. Comecei a pregar nessa epístola em outubro de 2007. Esse é o quarto livro que exponho integralmente de maneira seqüencial. Os outros três foram: 2a Epístola de Pedro, e as de Tiago e Judas. Senti-me desafiado a pregar dessa forma em uma aula que assisti no SPBC (Seminário Presbiteriano Brasil Central) um tempo depois de formado. Nela o Rev. Helio afirmava a importância de se pregar em seqüência, seja através da exposição integral de um livro, como também pela exploração de um tema em diversas preleções. Ele também colocou a importância de imprimir nos irmãos o costume de ler a Bíblia de maneira seqüencial, através do exemplo da própria exposição bíblica dominical.

Pois bem, esse domingo nos despedimos de Hebreus. Sinto por não ter criado esse blog antes para que outras passagens pudessem ser registradas. Mas penso que não faltará oportunidade de inserirmos comentários provenientes dessa maravilhosa epístola que tanto exalta a excelência da pessoa e da obra de Jesus Cristo como nosso Sumo Sacerdote.

Nessas linhas finais de Hebreus, o misterioso autor passa de um pedido de oração para uma oração por seus leitores. Logo em seguida ressalta finalmente a importância de que sua palavra de exortação seja suportada. Em um parênteses do tipo “P.S” ele noticia a soltura de Timóteo, e encerra com despedidas e rogando a graça sobre todos os leitores.

O tema que trabalhei foi a Benção de Deus em seus termos. Hoje a palavra benção é doce na boca dos pregadores. Como as grandes lojas de eletrodomésticos, muitas igrejas tem ofertado suas bênçãos pelos mais variados preços. Essas bênçãos, ao contrário da encontrada na Palavra, têm cada vez mais distanciado o povo de Deus em sua santidade e justiça.

Creio que os termos da Benção de Deus encontrados neste texto são: 1) O Autor da Benção; 2) O Mediador da Benção; 3) Os efeitos da Benção sobre nós.

1) Deus de Paz é indiscutivelmente o autor da Benção. Ninguém a não ser ele pode abençoar. O escritor apenas ora pelos seus leitores, mas o sujeito de sua oração é o Deus da paz que pode aperfeiçoá-los. O Deus é de paz no sentido do concerto realizado com o homem mediante seu Filho. Esse é também a paz de Cristo, concedida diferente da que o mundo dá (Jo 14. 27).

2) O Mediador da benção é Jesus Cristo. É então enfatizada a ressurreição, seu perfeito cuidado sobre suas ovelhas, e o poderoso efeito de sua obra. Deus estabeleceu a paz conosco por meio da morte de seu Filho, e a prova disso é que o mesmo ressuscitou dos mortos. Ele é o grande Pastor, que pagando o mais alto preço por nós, não pode perder nem um dos que são seus. Finalmente as duas doutrinas principais dessa epístola são conjugadas na afirmação “pelo sangue da aliança eterna”, que significa que esse Pastor é o mesmo Sumo Sacerdote assentado a direita de Deus Pai, que estabeleceu por seu precioso sangue a Nova e Eterna Aliança (capítulo 8).

3) Somos assim abençoados na medida em que Deus nos aperfeiçoa operando em nós para cumprirmos sua vontade. Assim como fez com seu Filho, cumprindo nele seu propósito, também completará em nós sua obra, de maneira que vivamos pelo bem. Deus nada faz pela metade, e a sua obra que começou em nós ele completará com certeza (Fp. 1.6). Ele opera isso para que cumpramos sua vontade, e rendamos sempre glória a Deus. Ainda podemos considerar efeito da benção de Deus em Cristo, que possamos suportar sua Palavra (O autor relativamente expos de forma resumida, já além do tema tratado existem inúmeros outros a serem expostos). Além disso acrescenta-se que, mesmo passando por tribulações como Timóteo, devemos entender isso como benção e motivos para perseveremos. Por fim, que possamos viver em comunhão com os santos e os líderes que pregam a Palavra de Deus (v. 7, 17). Tudo isso é possível em razão da graça.

Creio que essa Palavra muito tem a nos falar sobre a natureza da benção de Deus, a qual não pode ser conciliada com um mercado da fé, onde as pessoas compram (muitas vezes literalmente) o que acreditam ser o benefício de Deus. A receptividade desses benefícios, como a do prato de lentilhas de Esaú (12.16), pode até matar a fome de artefatos materiais, mas demonstra o quanto se pode estar longe de Deus mesmo que usufruindo de suas dádivas. Nada supera a benção de Deus que é a eterna aliança de paz feita por Ele em seu Filho, o Sumo Sacerdote.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Quem tem posto a mão no arado?


Quando Jesus falou a respeito do arado, que não podia ser manejado olhando para trás, Ele mesmo estava num caminho sem volta, que não podia ser atrasado por nada nesse mundo. Lucas 9 começa falando do envio dos discípulos que não podiam se deter, mas deveriam pregar o reino e fazer curas. Quando a multidão seguiu Jesus e se viu com fome, não foi permitido aos discípulos despedi-los, nem ir a cidade comprar comida. Com o que tinham deveriam alimentar os famintos. Mais adiante no texto, quando acontece a transfiguração diante de Pedro, Tiago e João, a proposta de ficarem ali parecia agradável, mas terminantemente negada. Logo deveriam descer e se deparar com um pai desesperado por causa de um filho possesso. E ainda, os discípulos ao debaterem entre si sobre o grau de importância de cada um, foram ensinados pelo Mestre que a simplicidade de uma criança é a meta para ser maior. Por fim, mesmo não recebendo acolhida entre os samaritanos, Jesus não deu ouvido à proposta de João e Tiago de vingança pessoal, mas antes os repreendeu e segui para outra aldeia.

Jesus deixou claro a um que se propusera segui-lo, até pela experiência recente entre os samaritanos que o Filho do homem não tinha onde reclinar a cabeça. Ao outro que pediu que se lhe concedesse sepultar o pai, disse que os mortos deveriam sepultar seus mortos. Nesse contexto nos deparamos com a observação final do verso 61: Jesus, porém, lhe respondeu: Ninguém que lança mão do arado e olha para trás é apto para o reino de Deus. É muito claro que Jesus fala de uma caminhada reta, objetiva, sem entraves para os que deveriam segui-lo. Mas para onde Ele estava indo? O verso 51 fala do firme propósito de ir para Jerusalém. Já havia sido dito que era necessário que ele padecesse, morresse nas mãos dos anciões, e por fim ressuscitasse. Jesus seguia para Jerusalém, para o tempo da sua glória.

Jesus não olhou para trás em momento algum. Não vacilou, mas correu para o que lhe estava proposto desde a eternidade. Não considerou um tempo para descansar ou sequer postergar o que o esperava em Jerusalém. Da mesma sorte, Ele nos diz que alguém apto para o Reino deve olhar firme para frente, a fim de que o arado não perca a direção. Podemos lançar algumas questões sobre a figura do arado que Jesus usou. (1) Quem tem posto a mão no arado? (2) É impossível olhar para trás enquanto estiver arando? (3) O que será do arado quando olharem para trás?

Certamente os que têm posto a mão no arado são os que se dispuseram a seguir após Jesus, aqueles que como os discípulos no início do capítulo saíram para pregar o reino. Os que vivem a própria vida não se encaixam nesse perfil, os que preferem salvar a própria vida (verso 24). Mas em relação à questão seguinte, deve-se admitir a possibilidade de que ainda com a mão no arado, algumas pessoas não sejam aprovadas, e isso é um dado preocupante. O ponto não é a impossibilidade, mas a não permissão para tanto. Ora, não se trata simplesmente de abrir mão de suas vidas por qualquer motivo, mas de seguir a Jesus no mesmo caminho. Ir após Ele até Jerusalém com o mesmo firme propósito (verso 51). Por fim, considerando quem põe a mão no arado, mas olha para trás, observa-se que nunca chegará a Jerusalém, nunca passará pela cruz com Cristo. É um arado torto, com voltas longas de auto-exaltação, com interrupções de pensamentos de auto-satisfação, e omissão nos deveres.

Devemos nos questionar se de fato já pusemos a mão no arado, se temos realmente seguido após Jesus. Se nosso arado não é torto. Se somos aptos. Se nossa caminhada é até Jerusalém com Ele.
Poderíamos dizer com a mesma propriedade que Paulo?
Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé no Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim.
Gálatas 2.20

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Disse eu: Haja o meu blog!

Já faz algum tempo que penso em criar um blog. Tavez isso represente vaidade, ou realmente a pretenção de servir de alguma forma. Pelo não, pelo sim, digo: Haja o meu blog!
Creio que escrever seja uma maneira de testemunhar para a posteriadade. Em muitos casos pode até não ser uma grande posteridade, ou um bom testemunho. Todavia, no meu caso, espero deixar algo relevante para alguém. Palavras, assim como fotos, dizem como éramos tempos atrás. Muito do que já escrevi, e que só eu tenho acesso (escrito em papel na pré-história da internet) me mostra como mudei. Tenho a impressão que para melhor. Creio que Deus tem sido bom comigo, pois me tem dado graça para crescer no seu conhecimento. Presciso continuar crescendo, preciso sempre de mais graça.
Minha intenção nesse blog é comunicar de maneira viva o que tenho entendido da Palavra de Deus. Trazer meus pensamentos para o espaço e tempo, não conformando com esse século. Deixar registrado um pouco do que fui e sou - como o Espírito tem mudado minha vida, minhas atitudes e idéias.
O testemunho de Deus pela sua criação é enorme, e sei que soa como pretenção parafrasear o versículo 3 de Gênesis 1 no título dessa primeira postagem. Mas pretendo criar, não como Deus criou ex nihilo - do nada, mas como ele me chamou para criar, a partir de sua Palavra. O Criador disse: Haja luz! E também disse em outro momento: Sois Luz (Mt. 5.14). Espero que pela sua Palavra eu possa ser luz através desse blog.

Vicit Agnus noster, Eum Sequamur (Venceu o nosso Cordeiro, vamos segui-lo - lema dos moravianos)