quinta-feira, 18 de março de 2010

O Espiritismo Segundo a Verdade




Considerando an passan algumas afirmações do Espiritismo, proponho nesse tópico uma abordagem reflexiva sobre onde eles acertam, mas onde também fatalmente incorrem no engano. Pode haver até um fundo de verdade, mas uma vez que se desencaminha para a mentira, perde-se e põe a perder para sempre.


Dizem os espíritas que todos os caminhos levam a Deus. Isso é uma grande verdade! Por mais que alguns cristãos verdadeiros irreflexivamente queiram negar essa afirmação, não se pode dizer que ela está completamente errada. Todos se achegarão a Deus um dia, e se apresentarão diante dele nesse dia de juízo, e ali serão julgados (Apocalipse 20. 11, 12). O problema da perspectiva universalista do Espiritismo ao falar em "caminhos que levam a Deus" é imaginar que todos estes conduzem o homem em uma condição aprazível, legítima, quando na verdade a realidade é outra. Apresentar-se diante de Deus por qualquer outro caminho é terrível, é caminhar rumo à condenação. Depois da morte não há outra instância na qual o homem se apresenta diante de Deus. (Eclesiastes 12.7; Lucas 16.22 -24). Mas o único Caminho que leva os homens a Deus na condição de filhos remidos e lavados de todos os pecados é Jesus (João 14.6). Esse é vivo caminho não se encontra dentre os demais, e por isso ele é único.


É dito também que sem obras ninguém pode ser salvo. Mas antes de falar mais, um parêntese: Não entendo que idéia de salvação pode existir para os que crêem na reencarnação. Mas relevemos isso e sigamos. Não é de todo errado dizer que o homem é salvo por obras. O que ocorre na verdade é que ele só pode ser salvo pela obra redentiva de Jesus. As obras do homem não têm valor algum para Deus, senão para a sua própria condenação. Mas a obediência de Jesus, sua vida e o que ele fez na cruz, são as obras pelas quais podemos ser salvos. O que é graça (e de graça) para nós, foi lei (e custou tudo) para o Senhor; é o castigo que nos trouxe a paz.


Mas ainda falando sobre obras, é válido lembrar a necessidade das boas obras. Onde se encaixam então as "nossas boas obras" muitas vezes requeridas? Certamente não servem para que sejamos salvos, uma vez que somente pela graça mediante a fé é que podemos ser salvos. Mas devem existir boas obras, uma vez que para elas é fomos salvos. Tratam-se das boas obras que Deus preparou de antemão para que andássemos nelas pelas quais Ele é glorificado entre os homens e não nós (Efésios 2.8,10; Mateus 5.16). Não somos salvos por nossas boas obras, mas somos salvos para as boas obras.


E finalmente, o que dizer a respeito da vida após a morte? Sem dúvida temos que concordar com eles quando dizem que depois da morte há vida, mas parcialmente apenas, pois há uma diferença crucial no conceito de vida aqui. Vida não pode significar a mera existência do indivíduo. De fato, uma vez o homem existindo ele é imortal do ponto de vista existencial. Mas não pode ser apenas isso. Deus pretendeu muito mais para o homem ao criá-lo que meramente fazê-lo existir para sempre. A vida eterna da qual a Bíblia nos fala diz respeito à qualidade relacional com o Criador. A vida eterna que recebemos em Cristo é a comunhão imperdível com Deus, nosso Pai. Por isso, crer na reencarnação é completamente diferente de crer na ressurreição. Crer que randomicamente uma pessoa reencarna para "evoluir" é no mínimo um péssimo gosto para eternidade. Essas idas e vindas de corpo em corpo não é o que a Palavra prescreve para nós. Ao homem foi ordenado viver uma só vez, e depois disso o juízo (Hebreus 9.27). Esse juízo se dará ao homem quando este ressuscitar, o que é para todos no último dia. Por isso é crucial que o homem tenha parte na primeira ressurreição, a saber, o novo nascimento, pois só assim ele será livrado da segunda morte (Apocalipse 20.6).


Sendo assim, apesar dos "acertos", naquilo que o Espiritismo está errado ele é fatal. A verdade sustenta-se pela Verdade, e de maneira alguma pode encontra-se relacionada com a mentira. Uma heresia sempre parte do que é verdadeiro, pois do contrário não seria um desvio. É preciso olhar não só de onde parte uma doutrina, mas para onde ela nos leva. Só Jesus nos leva a Deus na condição de filhos resgatados da mentira e da morte.

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