sexta-feira, 2 de julho de 2010

Ainda falando sobre "serviços prestados"


Nos últimos post falei dos fiéis clientes que desejam ser adulados para permanecerem nas igrejas. Demonstrei como muitas igrejas têm se desdobrado para agradar essas pessoas a ponto de perder de vista o propósito para o qual existem. Por muito tempo enxerguei essas comunidades como mercados da fé, onde eram oferecidos vários produtos conforme a necessidade do cliente. Mas recentemente tenho notado que algumas dessas comunidades mercantilistas têm se "especializado" em alguns ramos, mais precisamente falando, em alguns pecados. Dedico esse post ao caso das "igrejas gays".

O caso mais recente no Brasil é a da Igreja Cristã Contemporânea, que se apresenta como pioneira no movimento de inclusão de homossexuais em um sistema religioso. Trata-se de uma denominação que visa apoiar o pecado da homossexualidade, o qual é claramente condenado em Romanos 1.24-28. Baseados na suposta marginalização dos homossexuais, essa denominação assume o compromisso de resgatá-los dessa condição social através da inclusão desse grupo no Corpo de Cristo.

Não se pode confundir alhos com bugalhos. Primeiro é preciso esclarecer que há mais de uma década os homossexuais não devem ser vistos como um grupo marginalizado. Hoje eles são (no bom sentido) figuras ativas na sociedade, participando praticamente de todo mercado de trabalho. Lutam recentemente para ingressar no exercito fora do anonimato. A luta para constituir "família" através do "casamento" e pela possibilidade de adotar crianças, cada dia se torna mais próxima da realidade desse país. Se alguns ainda são marginalizados, isso se deve ao tipo de "trabalho", como no caso dos travestis que se prostituem. Mas fora esses, a maioria dos homossexuais desempenham funções sociais comuns às demais pessoas. Portanto, socialmente falando, a pós-modernidade já cumpriu a missão de resgatar os homossexuais da margem social.

Essa tentativa de inclusão postiça esconde outra intenção. A idéia de que ser plenamente incluso no caso da Igreja Contemporânea passa pelo conceito de ser parte do Corpo de Cristo. Como se não fosse suficiente que a sociedade em geral aceitasse o homossexualismo, esses militantes, que são frutos da cultura gospel, lançaram-se no encalço por uma igreja própria, a fim de tornar a dor da rejeição mais amena. Não basta ser aceito pelos homens, é preciso ser aceito por Deus. Não basta tomar a sociedade, é preciso tomar o Reino dos Céus.

O grande engano dos gays auto denominados evangélicos, é achar que a rejeição sofrida irá desaparecer quando fizerem parte de uma igreja. De nada vale ganhar o mundo e perder a sua alma (Marcos 8.36). Eles podem ser aceitos em toda sociedade, aceitos em uma igreja criada para si, mas perdem suas almas uma vez que ainda trilham o caminho para o inferno. Jesus é o único caminho de volta para Deus, e todo aquele que trilha esse caminho precisa deixar para trás a estrada da perdição (Mateus 7.13). A homossexulidade nada mais é que uma das muitas manifestações dos estado de perdição em que se encontra o pecador (1 Coríntios 6. 9,10). Nem eles, nem qualquer outro pecador que não se arrepende do seu pecado, pode entrar no Reino.

Essa louca tentativa de criar uma igreja que sirva de amparo para o pecado, nada mais é que uma armadilha terrível, uma vez que estão chamando o errado de certo, o amargo de doce (Isaías 5.20). Em Juízes 18 podemos ver como os filhos de Dã tomaram para si o levita Jônatas, para ser sacerdote de sua tribo a fim de encobrir todos os seus pecados de violência e transgressão. Esse mesmo levita já era sacerdote de um idólatra ladrão chamado Mica (Juízes 17), inaugurando em Israel a privatização do culto. Quando seguiu os homens da tribo de Dã, apenas seguiu seu instinto comercial, uma vez que fez do sacerdócio um comércio.

Hoje, dessa mesma forma, cria-se igrejas que servem aos pecados de cada um. Já existiam igrejas que serviam a ganancia, agora é a vez daquelas que servem a imoralidade. Assim como essas denominações caça-níqueis dividiram-se e multiplicaram, em franca competição, o futuro dessa nova denominação também é a divisão e a disputa pelo mercado homossexual.

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