sexta-feira, 18 de abril de 2014

A Páscoa de Jesus


A Páscoa dos Israelitas foi a sua libertação da escravidão no Egito (Êxodo 12.11,26-27). Os cordeiros sacrificados naquela ocasião proveram o sangue para as famílias de Israel como sinal, para que o SENHOR quando passasse por suas casas não os ferisse de morte como às famílias egípcias. Desta sorte, a Páscoa para Israel era vida nova, uma nação livre, enquanto que para os cordeiros ali, foi a morte.
Sabemos que Jesus é o Cordeiro de Deus, o Cordeiro Pascal. Sua Páscoa foi sofrimento, traição, abandono e condenação à morte. Ele não foi vítima das circunstancias, pois sabia desde o princípio todas estas coisas (Lucas 9.44; 22.22; João 6.64,70-71). Ele entregou a sua própria vida, pois ela não podia ser tirada dele (João 10.17-18).
Mas este sacrifício não foi recebido com gratidão ou olhos benevolentes. A Páscoa de Jesus foi o amargo gosto do desprezo e escárnio, quando na cruz foi instigado a provar que era o Filho de Deus (Mateus 27.39-44). Satanás já havia proposto algo semelhante quando lhe disse para transformar pedras em pães no deserto (Lucas 4.3).  Aos olhos do povo, a prova de que aquele homem na cruz era o Filho de Deus seria justamente se ele abandonasse a cruz. Certamente não o poderia fazer de maneira natural, uma vez que estava pregado no madeiro por pregos que traspassavam suas mãos e pés, e também havia sido torturado, estava exausto. Mas em conformidade com a compreensão que tinham do que seria ser "Filho de Deus", Jesus deveria de alguma maneira extraordinária sair daquele estado humilhante.
Porque Jesus é o Filho de Deus, o Cordeiro Pascal, é que não desceu da cruz. Sim, ele tinha poder para tanto, uma vez que afirmou ter autoridade sobre os anjos para não ser entregue aos homens (Mateus 26.53). Mas se assim o fizesse, como cumpriria o que a seu respeito estava escrito (Mateus 26.54)?
Seu poder se revelou ali de maneira infinitamente maior, pois sair da cruz era relativamente fácil, mas suportá-la, o que na verdade era suportar a ira de Deus, por nossa causa, revela um poder que só ele tinha: o de amar até o fim (João 13.1).
A Páscoa de Jesus nos traz o seu Reino e sua Vida. Esta páscoa contraria a expectativa daqueles que acreditam que o poder do Filho de Deus contorna o sofrimento, a humilhação, o desprezo e morte. Somente temos acesso a seu Reino e sua Vida Eterna, se realmente cremos que naquela cruz ele pagou o mais alto preço pelos nossos pecados, o que ninguém mais o poderia fazer. Para que a nossa páscoa hoje seja libertação da escravidão do pecado, e de seu salário - a morte eterna - temos um Único Caminho, e Ele passa pela Cruz do Calvário.  

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