sábado, 11 de julho de 2009

Hoje Preguei: João 8.32


Hoje na verdade não é bem hoje, mas o último domingo que preguei em Cuiabá antes de sair para férias. Isso foi dia 28/06.

Nesse último sermão falei sobre "A verdade a respeito da Verdade". Creio que esse texto de João 8.32 é um dos principais no que tange o conhecimento de Cristo. Ele é a própria personificação da Verdade (Jo 14.6), e a verdade é o perfeito conhecimento de tudo que é real, factual. Imagine se alguém conhecesse toda a verdade, poderia ser essa pessoa enganada de por qualquer mentira?

Todavia o conhecimento da Verdade não pode ser restrito a idéia de uma posse intelectual de fatos. O "conhecer" na Bíblia geralmente denota um tipo de envolvimento profundo, íntimo e pessoal. É praticamente um sinônimo para "amar". Portanto, aqueles a quem Jesus se dirigia em João 8 estavam diante dele, conscientes de sua palavras, a ponto de se dizer que creram nelas (v. 30), mas pelo visto não conheciam ainda a Verdade. Conhecer a Verdade é comprometer-se pessoalmente com Jesus, a qualquer custo, de tal forma que suas Palavras são espírito e vida (Jo 6. 63). Sem conhece-lo estamos mortos. Ama-se a verdade como [e mais] que a própria vida [porque é a Vida].

Além disso, há ainda a ação da Verdade sobre nós. Não somente precisamos conhece-la, mas consequentemente sermos libertos por ela. Se em uma linha a verdade é passiva, e deve ser conhecida, em outra ela torna-se altamente ativa, a ponto de nos libertar. A verdade, assim como a luz, nos liberta da cegueira da escuridão na qual encontrávamos quando mortos sem o conhecimento de Cristo (Jo 3.20-21). A Verdade está para a Luz, como a Cegueira está para as trevas. Onde está a luz, as trevas se dissipam. Assim a Verdade conhecida é a Verdade libertadora.

Mas o que seria a verdadeira liberdade? Um versículo antes Jesus havia mencionado o ser seus verdadeiros discípulos. Isso está em perfeita consonância com ser liberto. Nem sempre ser livre é ser liberto, e por isso a verdadeira liberdade aqui é ser liberto do pecado. Somos livres na medida em que somos libertos do pecado. Somos discípulos na medida em que seguimos a Jesus, e segui-lo implica em viver para ele em santidade. No contexto isso se aplica em conhece-lo como enviado de Deus, como o Messias esperado. Aqueles que supostamente haviam crido nele, não creram o suficiente para se comprometerem com a Verdade de que estava ali, diante deles, aquele que era esperado desde antes de Abraão (v. 56, 58). Aos olhos humanos aqueles judeus podiam ser extremamente santos, e por um instate até mesmo crentes nas palavras de Jesus, mas isso nada era em razão da verdadeira santidade. Eles ainda eram escravos do pecado, pois ainda não conheciam a Verdade. Ainda eram incrédulo. a sobre a pessoa de Jesus.
A verdadeira liberdade é aquela em que nos encontramos libertos pela Verdade conhecida. E assim libertos somos verdadeiros discípulos de Jesus. Já não somos mais escravos da mentira, nem cegos pelas trevas do pecado. Conhecemos a Jesus e sabemos o que Ele fez por nós, e quem nós somos agora. Por mais redundante que tudo isso pareça, a verdade é assim, é o que é. Jesus disse: Eu sou [o que sou] (v.58).

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